Muros, Monumentos e Placas: inscrições urbanas em cidades fugidias
Rodrigo Araújo* Para Nani Castro, Theo Barreto e Alan Sampaio. “Restituta, (nome da mulher) tire sua túnica e mostre os seus pentelhos.” “Theophilus, não faça sexo oral nas mulheres igual um cachorro.” “Alfidius esteve aqui.” “O agente de finanças do imperador Nero disse que a comida aqui é um lixo.” “Chorem, mulheres. Meu pênis desistiu de vocês. Agora penetra homens por trás. Adeus, maravilhas femininas.” “Epaphra, você é careca.” Pichações em Pompeia Aquilo que refugamos é também aquilo que consideramos inútil ou imprestável, o que separamos do bom, o que repelimos. Os dicionários nos apresentam a definição do refugo como a porção inferior, do impuro, do que não presta, do que há de mais abjeto num grupo qualquer, o estragado, o degradado. Na literatura, a figura do refugo aparece frequentemente na obra do Marquês de Sade, de Antonin Artaud e de Carl Solomon por meio do sexo, do excremento e da doença mental...